TAG Heuer Monaco: A Evolução de um Ícone da Relojoaria e do Automobilismo

Uma Origem Revolucionária

Lançado em 3 de março de 1969, em Genebra, o TAG Heuer Monaco entrou para a história como o primeiro cronógrafo automático com caixa quadrada e resistência à água. Em um período em que os relógios redondos com mostradores brancos dominavam o mercado, o Monaco quebrou padrões com seu design avant-garde: caixa quadrada de 39 mm, mostrador azul metálico e ponteiro vermelho de segundos. Seu coração era o calibre 11, um movimento revolucionário com microrrotor e coroa posicionada à esquerda, dispensando corda manual.

A ousadia do Monaco refletia diretamente o espírito inovador da Heuer e seu compromisso com o automobilismo. A escolha do nome homenageava o lendário circuito urbano de Mônaco, um dos mais glamorosos e desafiadores da Fórmula 1.

Steve McQueen e o Legado Imortal

Steve McQueen “Le Mans” (1971)

O momento que eternizou o Monaco no imaginário coletivo foi sua aparição no filme “Le Mans” (1971), protagonizado por Steve McQueen. Interpretando o piloto Michael Delaney, McQueen usava um macacão com o logotipo da Heuer e, no pulso, o relógio Monaco referência 1133B. Inspirado por seu amigo Jo Siffert, piloto e embaixador da Heuer, McQueen insistiu em usar o mesmo uniforme e relógio do suíço. Assim, o Monaco se tornou um símbolo de autenticidade e paixão pelas corridas.

Essa associação direta com o cinema e o automobilismo consolidou o Monaco como um dos relógios mais icônicos da história. Em 2020, uma das peças usadas por McQueen no filme foi leiloada por mais de US$ 2 milhões, reforçando seu status de lenda.

Design e Características Técnicas

Tag Heuer Monaco

O Monaco sempre foi um relógio provocador. Sua caixa quadrada de 39 mm com vidro abaulado chamava atenção pelo formato, acabamento escovado com laterais polidas e resistência à água até então inédita para um relógio com esse design. Os mostradores azuis e cinza dos modelos vintage traziam variações de tonalidade e acabamento, indo do metálico ao granulado.

Ao longo da década de 1970, a linha contou com versões automáticas (Calibre 11, 12 e 15) e de corda manual (Valjoux 7736 e 7740), além de diferentes configurações de subdials, layout de data e ponteiros. Entre as edições mais raras, está a referência 74033N com caixa preta, nunca divulgada oficialmente em catálogos da época.

A Redescoberta nos Anos 1990

Tag Heuer Monaco

Após ser descontinuado em meados de 1975, o Monaco ressurgiu em 1997 com a primeira reedição moderna, reacendendo o interesse pela coleção. Desde então, a TAG Heuer desenvolveu dezenas de versões do modelo, ora mantendo o design fiel ao original, ora explorando materiais e movimentos modernos. Foi nessa fase que o “círculo dentro do quadrado” se firmou como um clássico atemporal da alta relojoaria esportiva.

A Nova Coleção TAG Heuer Monaco 2025

A nova geração de relógios TAG Heuer Monaco, revelada em 2025, reafirma a linhagem de vanguarda da coleção. Os lançamentos incluem modelos com caixa em titânio, versões DLC pretas, cronógrafos com função split-seconds e novas colaborações com a Gulf.

Entre os destaques:

  • Monaco Chronograph x Gulf – Automático, 39 mm em titânio, com listras icônicas da Gulf e pulseiras intercambiáveis, incluindo uma feita do mesmo tecido do macacão de McQueen.
Tag Heuer Monaco Chronograph x Gulf 
  • Monaco Split-Seconds Chronograph – 41 mm, com função rattrapante e movimento de última geração, marcando um novo ápice técnico.
Tag Heuer Monaco Split-Seconds Chronograph
  • Monaco Chronograph Stopwatch – Caixa de 39 mm em titânio, com visual mais técnico e mostrador de leitura rápida, reforçando a conexão com o automobilismo.
Tag Heuer Monaco Chronograph Stopwatch

Além disso, a TAG Heuer fortaleceu sua presença no mundo das corridas ao se tornar Parceira Titular do Formula 1 Grand Prix de Monaco. A marca agora cronometrará oficialmente as corridas e estampará seu nome no evento mais prestigiado do calendário da F1.

Um Clássico em Constante Evolução

A linha TAG Heuer Monaco é um dos poucos exemplos de um relógio que transita com naturalidade entre passado, presente e futuro. Ele nasceu como uma vitrine para o Calibre 11, virou um símbolo nas pistas com McQueen, desapareceu e renasceu como lenda. Hoje, sua presença se estende do cinema à relojoaria de ponta, mantendo o espírito rebelde e vanguardista de sempre.

Com design inconfundível, vínculo autêntico com o automobilismo e constante evolução técnica, o Monaco não é apenas um relógio: é um manifesto.

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